OCUPA IHAC – SEMANA INTERCULTURAL PET IHAC

 

SEMANA INTERCULTURAL DO PET-IHAC

Dias 4, 6 e 8 de novembro

 

O PET-IHAC promove nos dias 4, 6 e 8 de novembro a Semana Intercultural com rodas de conversas, oficinas, exposição fotográfica e muito fervo! A Semana agrega temáticas do campo das humanidades, artes e ciências relacionadas a saberes, fazeres e existências invisibilizadas no campo acadêmico e que precisam serem reafirmadas como potências e agentes de transformação. A proposta se integra à programação do OCUPA-IHAC, iniciativa que pretende visibilizar a obra inacabada do instituto e tornar aquele local um espaço de debate e de atividade constante. 

 

SEGUNDA-FEIRA (04/11)

  • 15h – Reunião Aberta do PET IHAC

O PET-IHAC realiza uma reunião aberta com vistas a aproximar o programa dos estudantes, professores e servidores do instituto. A proposta é expor trabalhos desenvolvidos desde a criação do PET no IHAC, bem como mostrar o que se têm feito nos semestres atuais, explicitando nosso projeto político dentro e fora das universidades. Sobretudo, será um momento para a comunidade IHAC conhecer, tirar dúvidas, propor projetos e parcerias com o PET.

 

  • 16:40h – Oficina de Boneca Abayomi – Tauan Carvalho (IHAC)

A oficina pretende promover a multiplicação do saber/fazer do símbolo ancestral de tradição, afeto e resistência que são as bonecas Abayomi. Deste modo, a partir desse compartilhamento, trazer reflexões sobre essa prática e sua importância para a projeção e  construção de novos futuros para a população preta e suas diversas subjetividades.

 

 

  • 18:30h – Encontrinho: (Des)continuidades ao Ocupar a Psicologia: reivindicações a partir de uma Epistemologia de Exu na universidade.

 

Por meio da circularidade dos sentidos e vozes que ocupam a universidade, propõe-se um espaço fértil para o fortalecimento contra-colonial daqueles/as que ainda constroem o seu pertencimento na educação superior. Para tanto, teremos articulações a partir da Psicologia do Desenvolvimento, dos signos e Epistemologia de Exu, bem como de materialidades artísticas-existenciais de Salvador. Como representação do movimento da resistência negra na diáspora, Exu será invocado aqui como signo que rompe com a razão eurocêntrica e abre outras possibilidades de leitura e construção do real, do sensível e do possível dentro e fora da universidade.

 

Matheus Asmassallan é Doutorando em Psicologia do Desenvolvimento na Universidade Federal da Bahia e Mestre em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde – Psicologia pela Universidade de Brasília. Especialista em Direitos Humanos, Psicólogo pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e integrante do grupo de pesquisa Observatório da Vida Estudantil (UFBA).

 

QUARTA-FEIRA (06/11)

  • 15h – Vivência Corpo Movimento Respiração com Carol Mota (aurora práticas integrativas)

Será uma vivência para trabalhar o corpo de maneira integral em um encontro de libertação, autocuidado e fortalecimento. Uma pausa necessária dentro dos dias atarrefados e cheios de cargas. Aprender a saltar os pesos, aliviar as tensões, desprender de pensamentos e sentimentos tóxicos para renovar o seu corpo e alma. .

Serão realizados princípios de movimento, exercícios de yoga, práticas de alongamento e laboratórios de experimentação. Sejam bem acolhidxs e convidadas/dos a adentrar o movimento do despertar das suas potencialidades! Exercite-se. Mova-se! Venha cuidar da sua saúde física e mental

 

  • 16:40h – Encontrinho: Práticas de Cuidado e Educação Popular em Saúde – Bianca Ruckert (IHAC), Ana Paula Almeida (IPS/UFBA) e Lorena Lima (UNIJORGE)   

Em tempos sombrios de austeridade e hostilidade, a unidade coletiva e popular se apresenta como fundamental para a construção de uma sociedade mais digna. A Educação Popular, método de aprendizagem proposto por Paulo Freire, resulta na aquisição da consciência social, através de teorias e práticas horizontais, críticas e transformadoras. Neste sentido, o modelo de Educação citado surge como um instrumento que possibilita o fortalecimento da democracia, na medida em que contribui para a reivindicação da execução plena dos direitos sociais, e, portanto, do direito à saúde. As ações de promoção à saúde e de prevenção de doenças e outros agravos são atravessadas pelas dinâmicas sócio-históricas, políticas, econômicas e culturais, estabelecendo uma relação dialógica entre o meio e com os agentes sociais. A partir disso, objetiva-se a compreensão do fenômeno do cuidado à saúde como essencial para à vida, a qual se dá mediante a capacidade de luta.

Ana Paula ALmeida é uma uma mulher Quilombola natural do Quilombo de São Braz, localizado no Recôncavo Baiano. Em 2018, ingressou no curso de Psicologia (UFBA). Desde a sua inserção na Universidade, luta por políticas de permanência e acesso de estudantes Quilombolas ao ensino superior público. É membra do Movimento Nacional de Estudantes Quilombolas e do Coletivo de Estudantes Quilombolas da UFBA (CODEQUI).

Bianca Ruckert é Professora Adjunta do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Vice-Coordenadora do Colegiado do Bacharelado Interdisciplinar de Saúde Diurno. Farmacêutica, Especialista em Democracia Participativa, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Doutora em Saúde Coletiva pelo Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (IRR-Fiocruz). Atua desde 2006 em processos educativos, com enfoque em práticas de cuidado, promoção da saúde e formação docente.

Lorena Lima é criadora do projeto AMPC – A Minha Pele Conta, argiloterapeuta com formação e estudante de Psicologia na Unijorge. Seu primeiro curso de argiloterapia foi em 2016 e naquele momento viu como poderia influenciar na autoestima de muita gente. Ela usa o seu projeto para criar um conteúdo acessível e organização de diversas oficinas. Aos poucos consegue projetar o que realmente deseja e cria interações de autocuidado nas periferias e naqueles que precisam de uma pausa, porque estar vivo e está inserido numa política de minorias é cansativo e se declara como uma militante do auto cuidado. “Demorei muito pra projetar a minha voz e me achar no meio disso tudo mas aqui estou eu fazendo a minha parte nisso tudo.”

 

SEXTA-FEIRA (08/11)

 

  • 16h – Abertura da exposição REVELA

O projeto REVELA IHAC é uma iniciativa do Programa de Educação Tutorial do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (PET-IHAC) que visa a inserção da comunidade artística enquanto saber científico através da criação livre, técnica e original dos discentes dos Bacharelados Interdisciplinares (ingressos e egressos) a fim de difundir as produções desses sujeitos políticos e possibilitar o fortalecimento da identidade e memória do instituto e ao seu grupo PET.

  • 16:40h – Encontrinho: Prof. Ecivaldo Matos (UFBA) e Isa Neves (IHAC)

No Brasil, 54% da população se autodeclara preta ou parda, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada em 2015. Porém os números mostram que o espaço acadêmico ainda é pouco ocupado por pessoas negras, principalmente mulheres negras e que, com muita resistência, vêm almejado lugares de destaque dentro da academia, ainda mais quando tratamos da área das exatas. Com isso, queremos discutir e provocar sobre a existência de pessoas que vêm rompido com esse ciclo vicioso e mostrar seus projetos de estudos, pesquisa e atuação acadêmica.

Isa Beatriz Neves

Professora Adjunta do Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Profº Milton Santos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutorado em Educação e Contemporaneidade – PPGEduC- UNEB. Mestrado em Educação pela Faculdade de Educação da UFBA. Graduação em História (UCSal) e em Pedagogia (UNEB). Integra o Grupo de Pesquisa Comunidades Virtuais 2.0 (UFBA). Desenvolve cursos de extensão e pesquisas relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem e tecnologias digitais, especialmente games, aplicativos e robótica. Atuou como professora em cursos de graduação na UCSAL, Unijorge, UNEB e UFRB. Foi professora formadora do programa do Governo Federal Um Computador por Aluno – UCA, no curso de História e Matemática – EAD/UNEB e no curso de Pedagogia Parfor/UFRB. Integrou a equipe de roteiro dos jogos digitais: Tríade: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, sobre a Revolução Francesa, financiado pela FINEP; Búzios: Ecos da Liberdade, sobre a Revolta dos Alfaiates (1798) financiado pela FAPESB; Desafio no Pólo; e do Braskem Game Quiz desenvolvido na Universidade do Estado da Bahia. Área de interesse: Educação na cultura digital, jogos digitais, gamificação, serious games, aprendizagem baseada em jogos, realidade virtual/aumentada, m-learning, tecnologias digitais móveis, robótica educativa, classes hospitalares e domiciliares, tecnologias assistivas, Ensino de História mediado por tecnologias.

Ecivaldo de Souza Matos

Professor Adjunto do Departamento de Ciência da Computação (DCC) e do Programa de Pós-graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutor em Educação (Didática, Teorias de Ensino e Práticas Escolares) pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), com bolsa do Programa Internacional de Bolsas de Pós-graduação da Fundação FORD (IFP – Ford Foundation International Fellowships Program). Pós-doutorado em Educação (Ensino de Ciências e Matematica) pela Universidade Federal de São Carlos (2018). Bacharel em Ciência da Computação (2002) com especialização em Sistemas Distribuídos pela Universidade Federal da Bahia (2003) e Mestrado em Informática (Eng. de Software / Interação Humano-Computador) pela Universidade Federal de Campina Grande (2006). Atua como pesquisador do Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA (CEAO) e líder do Grupo de Pesquisa e Extensão Onda Digital (UFBA). Tem experiência técnica e docente nas áreas de Ciência da Computação e Educação, atuando nos seguintes temas: Interação Humano-Computador, Educação em Computação (Currículo, Didática e Formação de Professores), Informática na Educação e Semiótica. Ex-professor do Departamento de Ciência da Computação do Colégio Pedro II e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (Câmpus São Paulo). Ex-diretor da Empresa Júnior de Informática da UFBA (InfoJr UFBA) e ex-diretor de Qualidade e Ética da Federação Baiana de Empresas Juniores (Unijr-BA). Implementador certificado do Modelo de Processos de Software MPS.BR. Membro da Comissão de Educação da Sociedade Brasileira de Computação (2013-2017).

 

  • 18:30h – FERVO CULTURAL

Para finalizar esse projeto grandioso de se revelar enquanto agente cultural, queremos conhecer que estar fazendo pulsar as artes nas veias e ruas de Salvador e do IHAC. Desde atuais estudantes até egressos do Instituto, pretende-se divulgar as crias dos Bacharelados Interdisciplinares e ceder espaço para conhecer seus trabalhos. 

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