PROJETO METE MÃO | OFICINA : Xô Mosquito! Água limpa, lixo fechado

Chegamos à comunidade por volta das 15 horas da tarde de 31 de agosto de 2018, éramos cinco pessoas: Amanda, Edenice, Lucas, Rebeca e Tâmera. Estávamos apreensivos em relação ao quê esperar ao adentrarmos à associação em virtude do acontecimento desagradável na oficina anterior – um homem entrou na associação questionando, hostilmente, a maneira com a qual aquela oficina estava sendo conduzida.

Percebemos, ao caminharmos pela comunidade, a redução do número de crianças disponíveis para participarem da oficina do dia. As desculpas das ausências eram inúmeras: “Vou sair com minha mãe”; “Estou sem camisa, ela está lá em casa e vou ter
que subir as escadas todas”. Entretanto, com certa persistência, conseguimos juntar 8 a 9 crianças para, conosco, participarem da Oficina.

O início da atividade foi conduzido através de uma explicação lúdica sobre os problemas acerca do incentivo, consciente ou inconscientemente, à proliferação de insetos nos meios urbanos, fato que vem provocando um aumento sistemático de doenças e mortes na sociedade atual. Deixamo-los cientes da importância ecológica que tais animais nutrem em seus meios originários, bem como ratificamos os malefícios à saúde humana, quando inseridos em uma realidade urbana. Enveredamos, também, pelo viés da sensibilização quanto à conscientização acerca da preservação do meio ambiente, das técnicas de não poluição e da consequente relevância do processo de alteridade e empatia com aqueles que estão no porvir da nossa sociedade.

Inicialmente, a construção da oficina “Xô mosquito” foi feita através da condução dos petianos. Porém, ao longo do processo, as crianças foram coparticipes dessa construção, pois compartilharam conosco as suas experiências acerca do assunto abordado. Após esse período inicial, prosseguimos com a oficina. A segunda parte foi desenvolvida por meio da elaboração de um jogo de casas que tinha por finalidade introduzir questionamentos às crianças sobre o assunto “mosquito” e suas reverberações. A construção de tal dinâmica foi baseada no avançar das casas no tabuleiro, mediante os questionamentos previamente feitos. Em virtude do horário, sentimos a necessidade de modificar tal dinâmica, a fim de que não prolongássemos com o jogo e saíssemos da comunidade tardiamente – a mudança foi apenas na estrutura do jogo, na qual a cada acerto, o copo (que significava cada grupo de crianças) andaria a quantidade de casas que estivessem escritas no tabuleiro. A mudança só ocorreu por que houve a anuência das crianças, caso houvesse insatisfação ou discordância quanto a nossa proposta, não prosseguiríamos com tal modificação.

No meio da oficina apareceu um homem tirando fotos e, imediatamente Edenice o questionou, pois o mesmo não tinha autorização para o uso da imagem, porém, ele se identificou como sendo um dos responsáveis da Associação de Moradores (local onde
acontece as oficinas) e, também, pai de uma das crianças (Miguel). Pedi desculpas, pois estávamos tensos com o que havia ocorrido na semana anterior e, o mesmo, também pediu desculpas por ter chegado sem se identificar. Disse que não queria interromper a oficina e que apareceu porque tinha visto o homem da semana anterior indo em direção à Associação.

 

Ao final da Oficina, distribuímos o lanche a todas as crianças presentes. Organizamos o espaço que usamos e o deixamos exatamente da maneira em que o encontramos.

 

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